Tecelã de Palavras

Queria tecer palavras que captassem

com precisão cirúrgica a essência

de um ciclo que permeia a vida:

a necessidade de um fim

para que um novo começo seja possível.

Mas, não sou tecelã de palavras,

nem poeta eu ouso ser.

No entanto, penso que tenho

conhecimento suficiente para saber

que a dualidade entre vida e morte,

decadência e renascimento,

reflete a condição humana

de constante transformação,

onde as lembranças e memórias permanecem,

mas também dão lugar a algo novo.

É o que eu disse, é o que eu quero dizer.