Uma forma tão estranha de amar

Há muitas coisas que não compreendo, apesar de já ousar compreender.

Esse dinamismo louco que leva as pessoas a falar a palavra: "amor, amor", e as ações serem decodificadas de maneira diferente. Isso pode nos deixar doentes. E em algum ponto confuso por interpretações defeituosas até pensamos ser nós mesmos o ponto torto de uma linha que "segue reta", pelo menos era o que a visão enxergava.

A cada dia que passa, mais reflito e confronto a qualidade da ternura e os feitos. As vezes até penso que os afetos não cabem na bagagem, enquanto se caminha na estrada., era o que eu tinha pensado por um dado momento.

Me enganei. Não é assim. Esse dinamismo não é vivido pelo o todo, ainda tem uma parcela de seres humanos que não comunga dessa forma de viver. Elas são chamadas de bobas, sentimentais, sonhadoras...ou até mesmo intensas demais, algo fora dos padrões que a realidade de fato exige.

Dá medo! As pessoas tem se usado. As familias tem se tornado usuárias, e os atos e intenções são fabricadas apenas para seu próprio bem. Usa-se, abusa e descarta.

___ Próximo!

E assim segue a trama dos negócios. Tudo bem articulado para nao comprometer a produtividade empresarial, o vício.

O sentido do amor é o mesmo, é substancial. A brevidade está em nós. O significado e o sentido tomam forma a partir do que semeamos dentro de nós, visão de mundo, a realidade, nossos feitos. Se tem luz por dentro, seus olhos, coração, mente e o corpo todo meneia luz, porque não há nada que não seja a verdade do que se é, e não a aparência de ser o que não é.

Se tem luz, isso não refletiria nos atos?

___ Por favor, onde posso cortar esse cordão umbilical tão doentio?

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(M. Laís)