AS DORES DO MUNDO
As dores que sinto não são as dores do mundo.
Minhas dores são minhas!
São os compromissos assumidos e não cumpridos.
São a colheita da ética que não vivi.
As dores do mundo são as dores do que fazem com o mundo.
Os que destroem a própria casa,
quem envenena a água que mata a sede e que nos dá a vida.
Daqueles que ainda não entenderam que aqui tudo é transitório, passageiro.
Então o mundo dói, mas dói muito.
E em seu lamento devolve o alinhamento do caminho, não como vingança, mas em forma de amor.
As vezes sinto as dores do mundo nos olhos chorosos da fome e de miséria.
Mas a dor é depurativa.
Ela é consolo para a alma.
É reflexão e mudança de caminho.
É autoajuda, autoconhecimento.
Em fim a dor é a única linguagem que a raça humana entende.
Talvez, em outra dimensão aprenderemos a compreender a linguagem do amor.
Tião Neiva