Edição de Card
Adriana Silva/2023
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Desembrulhar o Presente
Olhar demais um passado que não volta na esperança de se ter ele no presente: quando esse desejo prevalece em uma causa perdida maior é o sofrimento.
Alimentar esperanças, sentir saudades, cultivar boas lembranças é louvável, porém sem uma dependência maçante alimentada pela carência elevada que acorrenta e aprisiona a mente.
Todos nós necessitamos dos sonhos, assim como trazer eles à razão traz um pouso leve. Sem sofrer, trazendo a racionalidade no punho. Adiante, para uma perspectiva melhor o entendimento da nossa construção do hoje.
Isso não quer dizer ser impossível sentir uma cicatriz latejar. Mas nada resolverá esquecer o agora comparando reclamando, paralisando e olhando para trás.
O presente é uma conquista e todos nós somos modificados.
As respostas para muitas coisas que sentimos também provém das coisas
que temos feito.
Muitas vezes não há uma compreensão de que para muitas coisas mudarem é necessário começar dentro.
Ninguém é no presente o que foi no passado.
Se for para se comparar entre essas duas passagens, que se faça no exato instante alguém muito melhor.
Fazer desse melhor por si neste desembrulhar do presente. Pois se não o abrir, e deixar só o que passou dominar, esse presente também passa, e ele também se transformará em passado.
Abra a caixa do seu próprio conhecimento. Retire tudo que tem pesado. A vida não deixará de ter problemas, porém será um peso a menos para carregar.
Aproveite o trajeto, as bênçãos e as lições de todas as passagens do tempo.
Agradeço a linda interação
do poeta
Alexandre Alaor Berghahn:
Eu era o ontem onde transbordava sentimentos na timidez do tempo a percorrer fora de mim. Como o vento assobiando na névoa e os olhos mergulhando tristes na tristeza... O hoje é como um novo horizonte debruçado na inclinação das sombras distanciando-se do passado... Somente lembranças e com o tempo as mágoas me deixará somente rastros de um sorriso.