VISITA DE MARIA, NOSSA SENHORA E MÃE SANTÍSSIMA, A SUA PRIMA ISABEL.

Nesta passagem bíblia, bem retratada por Lucas em 1:39-80, Maria, prima de Isabel, foi visitá-la. Uma situação corriqueira entre familiares, se não fossem as personagens. Pessoas que mudariam o planeta.

Maria estava grávida, não por uma fecundação biológica comum e sim pela obra e graça de DEUS. Ela não tinha mais que 20 anos, até por uma questão de tradição de casamento hebraico. No entanto, sua prima Isabel, já era idosa, com mais 60 anos.

Isabel, durante os anos de casamento com Zacarias, viu-se estéril, pois não conseguiu gerar filhos ou mesmo ter tido a sensação da gravidez.

Naquele encontro, Isabel, idosa e como tantas pessoas que ao se descuidarem da saúde, engordam e, principalmente, naquela época, em que não existiam tantas informações, nem mesmo estas eram passadas com detalhes entre as mulheres. Muito se descobria com o acontecimento em si. Assim o era com todas as questões biológicas pelas quais a mulher passa durante a vida.

Porém, ao adentrar na casa de Isabel, esta sentiu pela primeira vez na vida a sensação de uma gravidez. Além de já ter passado por toda a juventude, a menopausa na velhice, já lhe tinha tirado o que servia de sinal da sua aptidão para a procriar.

No texto bíblico, traz a conotação apenas do mexer do feto quando da entrada do Salvador do Mundo. Na verdade, a surpresa principal foi a da própria Isabel, que sentiu a presença do tão esperado filho, gerado na mesma condição do Nosso Senhor Jesus, pela primeira vez.

A graça se fez presente naquele momento. A obra e a ação de DEUS, uniu dois momentos, o novo e o velho. João veio para encerrar um testamento e o Filho do PAI veio iniciar um novo.

Maria, já cheia de graça, veio dar a notícia da melhor maneira possível, ou seja, com a presença da Luz. No ventre de Isabel havia agora um filho, tão aguardado e com grande responsabilidade, anunciar e batizar o Salvador de todos nós.

Para entender esta passagem, torna-se necessário afastar toda e qualquer situação que conhecemos ou simplesmente quando lembramos de duas mulheres prestes a ter seus filhos. Estamos tratando de gestações unicamente especiais. Elas foram as escolhidas. Por isso devemos, ao analisar a Mãe do Nosso Senhor e de sua prima, dar o valor infinitamente maior do que qualquer mulher que se tornou mãe em toda a existência humana. Palavras impactantes, mas a verdade é que elas se encheram do Espírito Santo e como servas, fizeram a vontade do PAI.

Quantas mulheres aceitariam uma gestação, marcada por perseguições. Uma vida regrada com privações. A certeza de que seus filhos seriam mortos da pior maneira possível. Tudo isto, ao lhes serem revelados, não afastou a responsabilidade de conduzir, dois seres que iriam mudar a vida de toda uma espécie.

Assim, só tenho a dizer: Obrigado, Maria. Obrigado, Isabel. Vocês foram o instrumento de trazer ao mundo, a Nossa tão desejada Paz.

Alessandro Buarque Couto

Integrante do Terço dos Homens da Igreja Santa Lúcia/Aracaju/SE