Perguntas sem respostas
Às vezes me pergunto o que foi que eu vi em você quando a gente se conheceu e eu nunca soube muito bem como responder a isso, porque eu acho que também nunca consegui direito entender o que era aquilo que fez o meu mundo parar por alguns minutos e tudo ao redor deixou de fazer sentido. Eu nunca soube dizer que era algo além dos seus olhos castanhos escuros, do modo como você falava sobre o futuro e que me deixava anestesiada, da sua risada alta, do cheiro do seu corpo que pairava toda vez que o vento passava entre nós. Eu nunca soube dizer o que era aquilo que fez congelar cada molécula, cada célula, cada órgão do meu corpo e o que senti a cada vez que a sua voz saia dentre os seus lábios e navegava pelos meus ouvidos fazendo meu corpo estremecer de calafrios. Mas eu sabia que era algo muito mais intenso e muito mais irracional do que qualquer outra coisa que eu já havia sentido antes.
Realmente eu nunca vou saber explicar o que de fato aconteceu, mas o que eu senti foi muito além do que eu poderia um dia imaginar.