Um toque de mãos.

Olhares feitos flechas, lançados a colisão...

Aquele contemplar meio encabulado... Há ou não aceitação?

Depois um riso desconfiado, com medo da não devolução...

Sorriso trocado, coração disparado!

Então, temperam-se os sonhos.

Seguimos com nossas aspirações

Enterrados em cada fim de noite...

Ressuscitados no próximo amanhecer.

E outro dia cai;

Outra vez nos apreciamos, nos sorrimos;

Nossa timidez vence outra vez.

Outro dia, mais um dia...

E quem sabe num desses dias;

Um esbarrão, um toque de mãos...

Um tremor vai acender os gravetos da paixão!

Nossos corações se farão luminárias!

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E eu sou aquela flor, plantada no canteiro da esquina,

onde os caminhos se encontram.

Você passou me olhou...

Continuo lá, a te esperar.

Não tenho pretensão de embelezar qualquer caminho...

“Só o teu”!