A mulher ideal

Tem homem que casa só por causa de sexo. Tem homem que não aprende cozinhar ou lavar roupa e, sendo totalmente dependente de mamãe, precisa encontrar outra antes que a primeira morra. Já para alguns as mulheres ideais são as prostitutas, porque as têm como menos onerosas, jornal nunca repetido se assim desejarem, que não dão dor de cabeça e nunca serão aquele único inimigo que alguém pode ter na vida.

Eu vejo diferente, não quero um brinquedo sexual ou uma empregada. Sei que seria um homem liberto se sozinho não me abrasasse, mas não consigo e nem quero essa liberdade. É claro que me abrasaria e, para permanecer solteiro, ou viveria eu de fazer falsas promessas, de me satisfazer enquanto pensassem que eu estaria no papo, ou, no melhor do meu caráter, apelaria mesmo à prostituição.

Para mim a mulher ideal é aquela que faz o homem sentir-se bem acompanhado. Sim, uma companheira, não só de guerra se preciso for, mas principalmente de passeio e de curtição. Uma mulher harmoniosa, que até poderia ser redonda, mas nunca chata; que me deixasse fascinado quando com outro respondesse aos meus puns; que eu morresse de chorar se ela morresse antes de mim; que fosse fiel e naturalmente me inspirasse a lhe dar todo o amor e o respeito cobrados nas Escrituras.

Com uma mulher assim eu casaria em total comunhão de bens mesmo que fosse o homem mais rico do mundo, pois de nada me adiantaria ser esse homem sem você, minha querida esposa, para me ajudar a gastar, para me ajudar a viver.