Enquanto uma das partes leva esse amor no coração, ele não morre
Em todo poema de amor há incutida a mensagem além da própria mensagem. Aquele verso mudo escondido atrás do pranto de emoção. Poesia descrita pelos corpos que quando se encontram se exploram, se necessitam, se bastam, se comunicam sem muitos dialetos complicados. Poesia a enfatizar aquela proposital solidão, implicada no orgulho, na mania de controlar situações as quais até o maior dos sábios é aprendiz.
Quem idealiza cenas perfeitas e diálogos prontos se decepciona quando descobre que as mais bonitas histórias de amor quase nunca são contadas, que aqueles clichês hollywoodianos só servem para encher as cabeças com ideias fantasiosas sobre o verdadeiro amor. Aliás, algumas histórias, de tão cativantes, podem não ter aquele final bonitinho como manda o figurino, se é que chegam a ter qualquer parâmetro que aponte quando e se houve final.
Enquanto uma das partes leva esse amor no coração, ele não morre. Torna-se inviável, em meio às circunstâncias, mas amor não morre. Se deixa de existir, se perde-se dentre as prioridades, é qualquer coisa, não amor. Não cabe nesses parágrafos exemplificar.
Quem afirma que homem não chora, além de ser machista, insensível e cruel; com certeza nunca derrubou uma lágrima de amor ou se sim, mente para parecer forte.
fevereiro/2014