BONITO DEMAIS
BONITO DEMAIS
Silvana Cervantes
Então me amas?
E dizes:
_Velhas canções,
traduzem com esmero, novos amores...
Concordo!
Velhos pardais ainda cantam
na velha árvore da praça...
E servem de orquestra para novos casais
que se beijam, e prometem amor eterno.
Bem assim, como fizeram nossos avós...
Eu também te amo...
Digo o quanto,
em meus versos,
em meus gestos...
E não apenas digo,
sinto!
É como se o mar,
engolisse os grãos de areia
e dela se fartando, soltasse espumas
de ondas em forma de gozo.
É como se um manto de lã,
acariciasse meu corpo nu, em dias frios.
Como se as borboletas no estômago,
virassem abelhas,
e fizessem mel dos meus suspiros,
ao te ver chegar.
E posso dizer,
Meu velho amor é novo,
Ou meu novo amor é velho,
Porque nosso amor, meu amor...
Não tem idade,
É sim vivido, com intensidade!
Silvana Cervantes