BONITO DEMAIS

BONITO DEMAIS

Silvana Cervantes

Então me amas?

E dizes:

_Velhas canções,

traduzem com esmero, novos amores...

Concordo!

Velhos pardais ainda cantam

na velha árvore da praça...

E servem de orquestra para novos casais

que se beijam, e prometem amor eterno.

Bem assim, como fizeram nossos avós...

Eu também te amo...

Digo o quanto,

em meus versos,

em meus gestos...

E não apenas digo,

sinto!

É como se o mar,

engolisse os grãos de areia

e dela se fartando, soltasse espumas

de ondas em forma de gozo.

É como se um manto de lã,

acariciasse meu corpo nu, em dias frios.

Como se as borboletas no estômago,

virassem abelhas,

e fizessem mel dos meus suspiros,

ao te ver chegar.

E posso dizer,

Meu velho amor é novo,

Ou meu novo amor é velho,

Porque nosso amor, meu amor...

Não tem idade,

É sim vivido, com intensidade!

Silvana Cervantes

Silvana Cervantes
Enviado por Silvana Cervantes em 03/11/2007
Código do texto: T721152