A naturalidade de uma mãe
Não tem como descrever o que é ser mãe. A gente tenta expressar a maternagem mas sempre falta algo a dizer. Mãe tem intuição. Não precisa de um médico lhe dizer como segurar seu filho ou acalentá-lo. Até o ninar é natural, como se soubesse que entre ela e seu bebê há uma comunicação própria, singular. Como explicar saber o que cada choro solicita? Não é manejo aprendido. Também o homem que é fisgado à tal papel tem que assumí-lo por uma identificação, quase que como um chamado. Falar de mãe também é se ver como filho, né? Parece que é o momento que a gente reconhece na carne que o amor existe. A gente une e desune com tanta rapidez e facilidade, principalmente em tempos de modernidade líquida, como diria Bauman, que , em alguns momentos questionamos se ainda há amor no mundo. Aí o significante mãe aparece e faz reviver a credulidade, faz-se índice de que há sim amor no mundo