QUANDO O AMOR ACONTECE
Ainda há pessoas que duvidam do amor. Duvidam do amor verdadeiro, talvez devido à experiências mal sucedidas ou observações pessimistas. Provavelmente por expectativas frustradas em busca de relacionamentos perfeitos.
O namoro deve ser um relacionamento entre pessoas, seres humanos, passíveis de erros e acertos, que obviamente não precisam agir como deuses, invulneráveis às dificuldades, à dúvida e à dor. Muitos problemas surgem quando namorados esperam demais, de si mesmos e dos parceiros. Quando jogam com sentimentos, tratando afinidades como pontos ganhos, e divergências como infrações. Seria melhor se ficassem em harmonia, sem disputar quem gosta mais do outro. Fariam assim, do namoro, uma experiência mais prazerosa e enriquecedora.
Namorados não precisam ser possessivos, como se fossem obrigados a estar juntos. Um relacionamento só vale à pena se faz bem ao casal, sem necessidade de fingimento. Se o casal sobrevive à experiência do namoro, com eventuais turbulências, pode unir, à paixão, a compreensão, e deixar o amor acontecer.
Quando o amor acontece, homens e mulheres, desarmados e sem escudo, passam a compreender porque adultos andam de mãos dadas, se beijam em público, chamam-se por apelidos engraçados, muitas vezes no diminutivo. Aqueles rostos abobalhados, aqueles olhos brilhantes, o coração que bate mais forte e parece crescer no peito, a temperatura que aumenta e se espalha pelo corpo; tudo torna-se natural e indispensável quando o amor acontece.