As curas que buscamos...
Mais importante que qualquer bandeira a se tremular a tolerância e o respeito ao outro é imprescindível.
Os amores, os perdões, os abraços, a fraternidade ou as mágoas e ódios não resolvidos que nutrimos uns pelos outros é o que de fato levaremos desta vida.
Quando Jesus nos ensina que seremos chamados a prestar contas das obras que edificamos nesta vida não se refere a nenhuma alvenaria ou tesouros e investimentos acumulados em quaisquer bancos.
Não seremos cobrados por deixarmos ou não para nossos filhos alguma herança que abasteça suas despensas ou lhes dê boa vida.
Seremos arguidos sobre nossos erros e acertos, escolhas que fizemos, autocríticas, nossa capacidade da admissibilidade de que não sabemos quase nada e também, da imperiosa necessidade de reavaliar, permanentemente, olhares e conceitos arraigados em nosso coração, o cuidado com as certezas.
Quanto mais leve o coração de ranços, ruídos e sentimentos tóxicos melhor, ainda assim sem nenhuma soberba, pois que inútil, somos crianças no jardim da infância na escola do amor, remédio universal para as curas que buscamos.
Paulo Afonso de Barros