O QUE VOCÊ FEZ DE MIM
O QUE VOCÊ FEZ DE MIM
Tinhas passado pela minha vida de maneira pouco percebida.
Num espaço de tempo, seguiu na vida por outro percurso.
O tempo se passou e a vida seguiu na sua lida,
Partiu sem que houvesse uma despedida.
Os dias se passaram. Os anos também.
E eu, numa multidão, não conseguia ver ninguém.
O mundo foi dando voltas, também a vida.
Cada um no seu canto.
Da Bahia ao Espírito Santo.
Pra que derrota, se existe Vitória.
Nem foi necessário esperar as voltas da vida.
Se com apenas um clique o mundo está aqui.
E você é este mundo.
Até porque, para mim, o mundo (planeta)
não seria tão interessante...
... apenas você.
Com alguns cliques nos reencontramos.
Primeiro, por meio de palavras tecladas..
Depois, pronunciadas oralmente à distância.
Você, com aquela voz suave, repleta de elegância
Foi me dando esperança.
Aqui a vida parecia uma dança
Onde eu não sabia mais em que ritmo me encontrava.
Fui perdendo o ritmo, o compasso,
Mas sem dar nenhum passo, permaneci à sua espera.
Era domingo, no exato instante do chamamento para o almoço,
O celular toca.
Ao ver que era você, o coração disparou.
O mundo parou.
O relógio desorientou.
O meu mundo, que era nublado, totalmente se clareou.
Ouvir sua voz foi a mais bela canção já ouvida por mim.
Enfim, você já se encontrava por aqui.
Dias depois nos encontramos.
No primeiro encontro, aquele abraço que parecia não ter fim.
Ficamos assim... coladinhos feito dois imãs.
Nem falávamos nada. Também nem precisava.
Nos sentíamos, nos amávamos, nos tocávamos.
Os olhares e as batidas aceleradas do coração diziam tudo.
E, sobretudo... quantos encontros agradáveis!
Antes, o que parecia impossível, tornou-se real.
O mundo conspirou a nosso favor e aconteceu.
Depois, o que parecia inacreditável, foi uma vida.
Vivida de momentos curtos e velozes,
Devido às circunstâncias, mas bem vivida.
Você surgiu como uma brisa.
Foi aumentando a intensidade,
E hoje, nesta cidade,
Ou por onde quer que eu vá, enquanto eu viver
Lembrarei de você, diariamente, eternamente.
Abandonaste o meu coração,
Mesmo que jamais você sairá de dentro dele.
Aquela suave brisa, fortaleceu,
Transformou-se num furacão.
E foi esse furacão que me despedaçou.
Me deixou sem teto, sem parede, sem chão, sem estrutura.
Sem defesa alguma.
Minha vida, dantes simbolizada por um concreto armado,
Hoje não passa de um castelo construído na areia,
Onde a primeira onda pode levá-lo embora.
Não sei mais viver sem você.
Por onde quer que andes,
Aqui, nos Alpes, na Chapada Diamantina ou nos Andes,
Por favor, ande de volta ao meu reencontro.
A primeira vez que passaste por mim,
Foi uma passagem de corações que não se sentiam.
A segunda, de corações que se tocaram,
Que se tornaram
UM.
E que se dissiparam.
Não sei o seu, mas o meu não bate mais,
Pelo menos não sinto ele batendo.
Só sofro silenciosamente.
A terceira vez...
Teremos?
Por favor...
Estou me acabando.
Não espere que seja preciso me trazer velas e flores,
Chorando pelo que não valerá mais a pena.
Lembre-se das nossas cenas.
Ainda guardadas na mente.
Traga, em vida, abraços, sorrisos, amor, felicidade, vida.
Não seja somente sonho.
Seja realidade mais uma vez.
Volte.
Veja como estou desfigurado, destroçado,
Apaixonado, acabado, desorientado,
Arrasado. Morto.
Dê-me vida.
Ressuscite-me.
Venha,
Veja O QUE VOCÊ FEZ DE MIM.
Gilvanio Correia de Oliveira
15 de agosto de 2018.