O Amor!

"Um homem e uma mulher vivem uma intensa relação de amor e depois de alguns anos separam-se.

Cada um vai em busca do próprio caminho, saem do raio de visão um do outro.

Que fim levou aquele sentimento?

O amor realmente acaba?

O que acaba são algumas das nossas expectativas e desejos, que são substituídos por outros no decorrer da vida.

As pessoas não mudam na sua essência, mas mudam muito de sonhos, mudam de pontos de vista e de necessidades, principalmente de necessidades.

O amor costuma ser moldado à nossa carência de envolvimento afetivo, porém essa carência não é estática, ela modifica-se à medida que vamos tendo novas experiências, à medida que vamos aprendendo com as dores, com os remorsos e com os nossos erros todos.

O amor mantém-se o mesmo apenas para aqueles que se mantém os mesmos.

Se nada muda dentro de nós, o amor que sentimos, ou que sofremos, também não muda. Amores eternos só existem para dois grupos de pessoas.

O primeiro é formado por aqueles que se recusam a experimentar a vida, para aqueles que não querem investigar mais nada sobre si mesmo, estão contentes com o que estabeleceram como verdade numa determinada época e seguem com esta verdade até os 120 anos.

O outro grupo é o dos sortudos: aqueles que amam alguém, e mesmo tendo evoluído com o tempo, descobrem que o parceiro também evoluiu, e essa evolução deu-se com a mesma intensidade e seguiu na mesma direção. Sendo assim, conseguem renovar o amor, pois a renovação particular de cada um foi tão parecida que não gerou conflito.

O amor não acaba.

O amor apenas sai do centro das nossas atenções.

O tempo desenvolve as nossas defesas, oferece-nos outras possibilidades e avançamos porque é da natureza humana avançar.

Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice.

Paixão termina, amor não.

Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa."

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Enviado por Fátima Damiani em 04/08/2018
Código do texto: T6409364
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