IGNORA NÃO, DÓI!

“Se eu fosse você, olhava pra mim”.

Será que nesse mundo em que você se trancou
De fato em nenhum momento você me notou?
São tantas coincidências, ou insistência mesmo?
Por que você chora? Sempre quis secar suas lágrimas?
Você nunca percebeu, ou por fé conta que não?
Ainda que por curiosidade vã, você deveria ter me notado.
Tantos rastros, passos lentos, mas em sua direção caminhei.
Eu falo desse meu querer há tempo, já até me cansei!
Fiz brincadeiras de criança, e te chamei para a dança.
Mas no teu mundo fechado, no teu balanço de vida acabado;
Você nem se quer se deu conta de mim e tem me ignorado.
Cansada, me ausento num canto só meu e desconhecido.
Eu não rebusco nas minhas palavras, já que transparente,
Você não me vê e segue adiante, retirante e indiferente.
Eu só posso te dizer assim: joga fora não algo tão constante.
Tem tempo? Dimensão? Dor? Medo? Decepção?
Tem nada! Já que nada você aceita por um assustador não!