SEM PALAVRAS
SEM PALAVRAS
Silvana Cervantes
SEM PALAVRAS
Silvana Cervantes
Nenhuma palavra...
No encontro de olhares,
a leitura da alma exposta...
Nenhuma barreira,
no limite da fronteira.
O sonho, traduzido em realidade
através do toque sutil dos braços
que se abraçam
do sabor dos lábios que se beijam,
em volúpia tal, que me faz
a mais feliz mortal!
Não diga nada, por favor!
Grande é a distância das palavras
e finito é o tempo para encontrá-las
Morreria feliz agora,
no aconchego do teu corpo,
na paz do teu olhar,
com este cheiro de amor no ar,
na maciez inconsúltil dos lençóis...
Imprudente falar!
Sequer uma sílaba pronunciar
Flama que arde em chamas
difíceis de apagar...
Nada a declarar!