O Amor Nunca Vem Só
O Amor nunca vem só.
Pelo menos, não o meu.
Quando vem, traz consigo, companhias desagradáveis.
Traz o sorriso, que de tão feliz, acaba sendo desesperado.
Traz a insegurança, que faz do amor, completamente incompleto.
Traz o ciumes, que faz do amor, amargo e adocicado, dependendo de sua dose.
Traz o rancor, que se esconde nos mais inocentes defeitos.
Foi assim toda a minha vida.
Até Você.
Que me trouxe o sorriso mais ingênuo.
Trouxe segurança, fazendo-me seguramente inseguro, e isso me foi o bastante.
Trouxe ciumes, junto com a certeza de que eu era único.
Trouxe o rancor, sim, mas o rancor que obtive por mim mesmo, fazendo-me culpado por, talvez, não te amar o quanto merecia.
E que pena.
Isso poderia ser Eterno.
Mas você quiz que fosse passageiro.
Você seria a única.
Mas preferiu ser só mais uma.
Seriamos amantes e companheiros.
Agora, seremos, no máximo, amigos e distantes.
O que eu fiz?
O que eu não fiz?
São perguntas sem respostas.
E essas são as mais simples.
O que mais me lacera, é não sabe, com certeza, se eu fui um ponto de exclamação em sua vida, ou só uma virgula.
Se eu fui "diferente", ou fui só mais um " igual" a todos os outros.
Enfim, se fui realmente, um amor, ou se não passei de uma brincadeira.
Não sei dizer.
Mas a certeza que me motiva é a mesma que me diz que, se eu tivesse outra chance, não faria nada diferente do que fiz.