Envolver-se e Comprometer-se
Na área dos relacionamentos amorosos existe um profundo descompasso entre essas duas palavras que podem provocar danos e consequente sofrimento.
Dependendo da carência afetiva ou do estilo de vida, um dos parceiros "atropela" literalmente o verbo envolver para cair direto no comprometer.
(Não vou falar de paixão, somente em outra ocasião.)
Quando algo se prenuncia, como: Estou vendo algo em você que me leva a te conhecer melhor. Acredita-se, dentro do social, que é tempo do primeiro encontro. Mãozinhas para cá, beijinhos para lá, e zape, um envolvimento.
Para quem? Para um dos parceiros. E o outro?
Aí está,o outro cai direto no comprometimento e sai fora daquilo que chamamos de: viver o afeto sem cobranças, sem planos, simplesmente viver o afeto o que é certo acontecer no envolvimento inicial. Delicioso se fosse para ambos. Mas não é.
Então o lado comprometido começa a querer o que podemos dizer em uma metáfora: "colocar um pé 38 em um sapato 34", ou seja o impossível. Faz planos para o futuro, e o outro que está apenas envolvido começa a ficar apavorado e desaparece. Aparece o sofrimento, mas como? Tudo ia tão bem! Tantos planos foram feitos! Por você, pessoa comprometida, esquecida que o afeto é o primeiro passo para que uma relação seja mantida. O segundo passo é a confiança e o terceiro é a amizade. Só então o amor aparece baseado num tripé: respeito um com o outro, Cuidados um com o outro e amar um ao outro.