AMAR GERA A PRÓPRIA SINTONIA

E a vida a dois, necessita de uma compreensão maior, pois a correspondência... na maioria das vezes, não é algo que surge da própria vontade, mas de uma consciência invisível e até mesmo,

de um mecanismo não planejado.

Os fatores que atraem uma pessoa à outra, podem ser incompreensíveis aos olhos carnais, as intenções e as necessidades.

Não há logica no amor e, os encontros podem surgir antes do nascimento, numa consideração espiritual, ao ponto de estabelecer algum tipo de desenvolvimento.

O equilíbrio é necessário nessas horas, pois nem todos querem ter uma vida efetiva com alguém.

Existem um diferencial à toda prova: sentimentos de rejeições, insegurança, medo de enfrentar uma personalidade contrária que cause conflitos e o medo de sair de si, para ir ao encontro do outro.

Só que o amor dinamiza a existência, porém muitos não sabem direcionar essa energia e, acabam inviabilizando a convivência, que deveria ser de concordância.

Colocam no dia a dia o sofrimento, a angústia e pensam: que por não conseguir a alma gêmea dos sonhos, a vida perderá o sentido e firmam-se num estado de imensa tristeza.

Não entendem que, tudo é amor e que para o amor, um “não”, pode significar o “sim” de toda uma vida.

É preciso criar asas e voar sem depender da sombra de ninguém. Cada um tem a sua coluna de sustentabilidade. Pois não há limites para sonhar e somente a expressão do amor, desenvolve o caráter livre.

O amor dissipa o medo, elimina dúvidas, resiste ao tempo, preenche vazios e transcende o idealismo.

E no coração o amor concretiza a fé e vai, onde ninguém mais, ousa ir.

Quem ama com profundidade, não configura o processo da separação, mesmo se houver silêncios, diferenças, distâncias... pois, a alquimia que sente, não permite influenciar-se, pelas tentativas malsucedidas.

Vê que toda a intensidade... jamais irá isolar o desdobramento de sua margem feliz.

Quem cria barreiras não ama a si mesmo e por não se amar, acaba achando que depende da sincronia do outro, para contemplar a si mesmo e ao universo. Vive entre cobranças, se deprime, não se coloca em primeiro lugar e são pessoas compulsivas.

Amar vai além do próprio “eu”.

É fazer valer a pena ter nascido, conservando quem de fato é, construindo integridade, apostando em dias melhores, compreendendo os símbolos da vida... também, aceitando os propósitos de Deus e observando, onde dentro de cada um, o outro se encontra, sem fazer disso uma relação neurótica ou uma situação infeliz.

Toda relação só cresce na sinceridade e na paciência. A percepção de oportunidades é necessária, mas a química adequada é o que irá atingir a conexão segura com a alma do outro.

Fim desta, Cristina Maria O. S. S. - Akeza.

Akeza
Enviado por Akeza em 30/10/2016
Reeditado em 27/03/2022
Código do texto: T5808035
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