Amar a quem.

Se olho ao entorno.

E nem encontro ninguém.

E com os olhos cerrados de lampejos

Que já me levam para o negro avesso do meu afeto.

Essa dor incontida.

Sofrida, doida.

Que não acalma o temporal de desejos.

A excitar minha própria paixão.

E perdido.

Por não controlar essa vontade do querer.

E que sofro sem saber.

Se me queres ou não.

E na dissonância dessas minhas palavras.

Não, anônimas.

Mas de um poeta.

Que já se cala.

Pra não dizer.

Que, vos amo.

JC

Tracaja
Enviado por Tracaja em 05/06/2016
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