Agência de Boas Notícias 26: "moonies" comemoram os 20 anos de Sailor Moon no Brasil
“MOONIES” COMEMORAM OS 20 ANOS DE SAILOR MOON NO BRASIL
Miguel Carqueija
No último dia 29 de abril de 2016 os inúmeros fãs brasileiros de Sailor Moon (os “moonies” brasileiros) festejaram o vigésimo aniversário da chegada da franquia em nosso país. Foi em 29 de abril de 1996 que o seriado de animação “Bisousho senshi Sailor Moon” (A linda guardiã Sailor Moon) estreou na hoje extinta Rede Manchete, que então ocupava o canal 6 da televisão aberta (atualmente este canal é da Rede TV). O episódio inicial é o clássico primeiro encontro entre Usagi Tsukino (a futura Sailor Moon) com a gata falante lunar, a Luna.
Como se sabe, a saga criada pela genial mangaká japonesa Naoko Takeushi (1967-) estreou no Japão em 1991, nos quadrinhos, e inicialmente com a precursora Sailor Vênus, que veio abrir o caminho para Sailor Moon (esta surgiu em janeiro de 1992). O que chegou primeiro no Brasil foi o desenho animado, infelizmente a Manchete somente exibiu (repetindo várias vezes) a primeira temporada de 46 episódios. As outras quatro temporadas acabaram chegando pela TV Record. O mangá permaneceu inédito entre nós até a década atual, sendo afinal lançado pela JBC e obtendo vendagem sensacional.
Depois de uma série em ação viva na década de 2000 e de três dezenas de óperas, atualmente está em produção pela Toei, lá no Japão, uma nova série de animação, “Sailor Moon Crystal”, da qual venho resenhando cada capítulo. De fato, ao contrário da maior parte dos personagens de mangás e animês, esta veio para ficar.
O que explica a imensa popularidade internacional da Princesa da Lua Branca? A meu ver a sua ingenuidade, pureza e inocência contribuem muito, pois uma grande parte do público (não importando a idade) se identifica com a super-heroína japonesa por sua ausência de agressividade (passem numa banca e espiem somente as capas das revistas de super-heróis norte-americanos para entenderem do que estou falando). Isso e o aspecto religioso (ao contrário dos heróis Marvel e DC, ela não faz uso de poderes tecnológicos (Batman, Homem de Ferro) ou pseudo-científicos (Super-Homem, Homem Aranha), e nem poderes mágicos como o britânico Harry Potter (magia é, supostamente, manipulação das forças da natureza), mas poderes místicos ou espiritualizados, o que representa um grande diferencial em relação ao padrão dos super-heróis) tornam Sailor Moon uma figura ímpar no “universo super-herói”, entre os nomes mais conhecidos.
Além disso ela possui um aguçado senso de justiça, de lealdade e amizade, e perfeito discernimento entre o bem e o mal.
No longínquo 1996 quem imaginaria que o prestígio da série se manteria pelas décadas seguintes e até aumentasse na década atual? Não demonstra isso que ainda há espaço para mensagens de amor na mídia?
“MOONIES” COMEMORAM OS 20 ANOS DE SAILOR MOON NO BRASIL
Miguel Carqueija
No último dia 29 de abril de 2016 os inúmeros fãs brasileiros de Sailor Moon (os “moonies” brasileiros) festejaram o vigésimo aniversário da chegada da franquia em nosso país. Foi em 29 de abril de 1996 que o seriado de animação “Bisousho senshi Sailor Moon” (A linda guardiã Sailor Moon) estreou na hoje extinta Rede Manchete, que então ocupava o canal 6 da televisão aberta (atualmente este canal é da Rede TV). O episódio inicial é o clássico primeiro encontro entre Usagi Tsukino (a futura Sailor Moon) com a gata falante lunar, a Luna.
Como se sabe, a saga criada pela genial mangaká japonesa Naoko Takeushi (1967-) estreou no Japão em 1991, nos quadrinhos, e inicialmente com a precursora Sailor Vênus, que veio abrir o caminho para Sailor Moon (esta surgiu em janeiro de 1992). O que chegou primeiro no Brasil foi o desenho animado, infelizmente a Manchete somente exibiu (repetindo várias vezes) a primeira temporada de 46 episódios. As outras quatro temporadas acabaram chegando pela TV Record. O mangá permaneceu inédito entre nós até a década atual, sendo afinal lançado pela JBC e obtendo vendagem sensacional.
Depois de uma série em ação viva na década de 2000 e de três dezenas de óperas, atualmente está em produção pela Toei, lá no Japão, uma nova série de animação, “Sailor Moon Crystal”, da qual venho resenhando cada capítulo. De fato, ao contrário da maior parte dos personagens de mangás e animês, esta veio para ficar.
O que explica a imensa popularidade internacional da Princesa da Lua Branca? A meu ver a sua ingenuidade, pureza e inocência contribuem muito, pois uma grande parte do público (não importando a idade) se identifica com a super-heroína japonesa por sua ausência de agressividade (passem numa banca e espiem somente as capas das revistas de super-heróis norte-americanos para entenderem do que estou falando). Isso e o aspecto religioso (ao contrário dos heróis Marvel e DC, ela não faz uso de poderes tecnológicos (Batman, Homem de Ferro) ou pseudo-científicos (Super-Homem, Homem Aranha), e nem poderes mágicos como o britânico Harry Potter (magia é, supostamente, manipulação das forças da natureza), mas poderes místicos ou espiritualizados, o que representa um grande diferencial em relação ao padrão dos super-heróis) tornam Sailor Moon uma figura ímpar no “universo super-herói”, entre os nomes mais conhecidos.
Além disso ela possui um aguçado senso de justiça, de lealdade e amizade, e perfeito discernimento entre o bem e o mal.
No longínquo 1996 quem imaginaria que o prestígio da série se manteria pelas décadas seguintes e até aumentasse na década atual? Não demonstra isso que ainda há espaço para mensagens de amor na mídia?