Tratado de um amor idealizado... e esperado...
Falar de amor é tratar de espaço, profundeza, incertezas e certezas, e assuntos sem dimensão definida. Falar do amor que se sente é pensar que externa o que por natureza é o interior do interior de um sentimento tão imperioso quanto inexplicável. Como falar do sentido daquilo que é sentido de forma tão abrupta quanto absurdamente forte e que torna tudo tão atemporal e fantástico? A única forma é falar de um amor que nasceu para viver. Viver para sempre. Mas, e o que é sempre? Sempre é o infinito, é o desejo de perdurar, é a necessidade de encontrar a concretude no abstrato. E é assim que eu amo. Amo você no abrir dos meus olhos ao amanhecer, no frescor da pele ao sentir a brisa suave, no encanto de apreciar a beleza do hibisco alaranjado. Amo você nas músicas do Almir Sater, na Green Eyes do Coldplay, nos poemas do Neruda, nas canções da Marisa Monte, e ao falar em esmeraldas. Amo você no café feito com agrado, no olhar que acaricia, nos toques suaves em minha face. Amo você nos gestos sempre amáveis, no sabor dos chocolates, nas carícias deliciosas. Amo você no beijo suave em minhas mãos, nos afagos em meus cabelos, na voz agradável ao telefone, no sorriso fácil e constante. Amo você na saudade que espera, nos encontros indescritíveis, na dor que se supera, na incerteza que incomoda. Amo você nas dificuldades encontradas, nas angústias suportadas, no adeus que não foi dito. Amo você na vontade que não passa. Amo você no amor próprio às vezes esquecido, na luta pelo direito de sentir esse amor, e na vontade de vivê-lo plenamente. Amo você no último pensamento da noite, e no último amor desta vida. Amo você assim... para sempre. Na essência de um amor que não era para ser, mas é, e será. Na concretude do abstrato de um amor sem explicação. Amo você...