A ROSA ...

A Rosa

E o medo de se machucar era tão grande que, se ela pudesse, jogava a rosa fora só para não conviver com os espinhos.Porém, ela não podia, pois, se perdesse a rosa, ela perderia o resto de seu buquê. Então, segurou-a bem firme. Cada dia que se passava ela olhava para a flor e a achava mais interessante e especial. Acabou não percebendo que, apesar da beleza, os espinhos continuavam ali. Ficou entorpecida com o perfume e esqueceu de seu maior medo: o medo daquela flor só a retribuir com alfinetadas.

Agora já é tarde para abrir mão, mergulhou de cabeça e apegou-se à rosa.Contudo, seu medo agora cresce, pois, se um dia ele foi precaução , hoje é certeza. A rosa a cativou mesmo com seus defeitos, mesmo com espinhos tão vivos e a garota passou a se perguntar todos os dias: será que em algum momento eu também a cativei?

Mari Vidotti

Mari é minha princesa, tem 17 anos, e escreveu este belo texto. Encantada, quis partilhá-lo com os queridos leitores que tanto me prestigiam!

Poetabeijos

Bemtevi
Enviado por Bemtevi em 22/06/2007
Reeditado em 24/08/2007
Código do texto: T536511
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