Alegoria - A dor sem nome
Há 1093 dias visto uma fantasia de alegria e felicidade.
Não é fácil para eu manter tal personagem.
Se o mantenho é para que aqueles que me rodeiam não desmoronem.
É um esforço hercúleo, uma atrocidade diária que consome todas as minhas energias.
Não conto mais um dia, conto menos um dia de agonia extrema.
Sei que de fato há o palhaço que é triste, porque assim me faço; um palhaço de um circo amador.
Daria sem nenhuma dúvida todos os meus dias e noites para escutar uma vez aquela voz me chamando,
Mas não acontecerá e tal certeza é minha tristeza profunda.
Desisti de entender as pessoas, tenho tentado entender-me, o que é um desafio que todos os dias enfrento.
Existe em meus sentidos aquele perfume único que sentia e sinto.
Há aquela lembrança do portão se abrindo e fechando, há tantos fatos e não posso resumi-los.
A última vez que falei com você, eu estava chorando porque meu médico não autorizou minha ida ao hospital.
Você disse que não queria que eu fosse vê-la, que queria que eu a visse na sua casa.
Quando desliguei o celular tomei uma decisão; iria vê-la contrariando o médico,
Porém, em menos de duas horas recebi a notícia de que você havia adormecido.
Entendo que sua casa, a casa que você pediu que eu fosse vê-la é em outro lugar,
Que somente posso ir se por amor a você, tolerar a vida.
Saudade de você, minha amada, minha parte adormecida, minha peça perdida no meu quebra-cabeça.
A lágrima que mais dói é silenciosa. A dor mais doída não tem algo que a amenize.
Não há esperança, apenas a espera do fim da minha agonia. Uma espera que ora é silenciosa e ora ruidosa.
Dissemos uma para a outra tudo que deveríamos e compartilhamos tudo que podíamos.
Existem nossos segredos sagrados que continuarão em sigilo e predestinados.
Há uma honra imensa por tê-la tido como filha, minha filha para sempre!
Agora sou dor, sou tristeza, vazio e espera.
Christiane, a vida sem você não é vida, é uma morte demasiadamente lenta.
A dor sem nome é um termo usado para quem perde um filho ou filha; por que não há uma palavra que resuma o que sentimos. Talvez "acroase" seja uma palavra quase apropriada.
Há 1093 dias visto uma fantasia de alegria e felicidade.
Não é fácil para eu manter tal personagem.
Se o mantenho é para que aqueles que me rodeiam não desmoronem.
É um esforço hercúleo, uma atrocidade diária que consome todas as minhas energias.
Não conto mais um dia, conto menos um dia de agonia extrema.
Sei que de fato há o palhaço que é triste, porque assim me faço; um palhaço de um circo amador.
Daria sem nenhuma dúvida todos os meus dias e noites para escutar uma vez aquela voz me chamando,
Mas não acontecerá e tal certeza é minha tristeza profunda.
Desisti de entender as pessoas, tenho tentado entender-me, o que é um desafio que todos os dias enfrento.
Existe em meus sentidos aquele perfume único que sentia e sinto.
Há aquela lembrança do portão se abrindo e fechando, há tantos fatos e não posso resumi-los.
A última vez que falei com você, eu estava chorando porque meu médico não autorizou minha ida ao hospital.
Você disse que não queria que eu fosse vê-la, que queria que eu a visse na sua casa.
Quando desliguei o celular tomei uma decisão; iria vê-la contrariando o médico,
Porém, em menos de duas horas recebi a notícia de que você havia adormecido.
Entendo que sua casa, a casa que você pediu que eu fosse vê-la é em outro lugar,
Que somente posso ir se por amor a você, tolerar a vida.
Saudade de você, minha amada, minha parte adormecida, minha peça perdida no meu quebra-cabeça.
A lágrima que mais dói é silenciosa. A dor mais doída não tem algo que a amenize.
Não há esperança, apenas a espera do fim da minha agonia. Uma espera que ora é silenciosa e ora ruidosa.
Dissemos uma para a outra tudo que deveríamos e compartilhamos tudo que podíamos.
Existem nossos segredos sagrados que continuarão em sigilo e predestinados.
Há uma honra imensa por tê-la tido como filha, minha filha para sempre!
Agora sou dor, sou tristeza, vazio e espera.
Christiane, a vida sem você não é vida, é uma morte demasiadamente lenta.
A dor sem nome é um termo usado para quem perde um filho ou filha; por que não há uma palavra que resuma o que sentimos. Talvez "acroase" seja uma palavra quase apropriada.