GUAÍBA LAGO
Nadir Silveira Dias
Ao passar, sempre o admiro.
Penso ou digo sempre que é o meu mar.
Aquele que não tenho mais todos os dias depois que deixei de viver na orla marítima.
Eu o vejo todos os dias.
E quando encrespa, então, com o bater forte do minuano, pampiano, parece o próprio mar revolto de um céu de van Gogh.
És tu, não mais Rio, mas Lago Guaíba, amado, mar interno do coração!