O AMOR SOBRE TODAS AS COISAS

E se soubéssemos amar... saberíamos aceitar muita coisa e até mesmo, evitaríamos alguns problemas familiares ou de relacionamentos.

O amor é digno de toda aceitação e a sua obra prima, é estender sobre a vida, a felicidade.

Isso não quer dizer que haverá risos consideráveis todo o tempo nem que nunca haverá desapontamentos. Mas, que através dele, podemos nos sentir livres, desviando-nos das circunstâncias pela força da fé e pelo discernimento causado pela verdade do amor.

Ser feliz não é possuir e desfrutar de tudo o que mais gosta ou caminhar sossegado na dignidade dos encontros. Mas, é ter a consciência desperta e evoluir sem dúvidas e medos com a firme esperança de possuir raízes no céu.

Ser feliz ainda é encontrar parte da vida sobre as asas dos sonhos da misteriosa vontade de Deus.

Pois, mesmo que não haja condição favorável para a alegria, há que se cuidar primeiro da salvação e depois, em segundo plano, da vida terrestre e sua materialidade.

Não se pode esquecer o básico: alma e corpo; espírito e matéria.

Embora o mundo persista em centralizar as necessidades exteriores, a graça é fundamental, para experimentarmos a luz interior que nos conduz aos valores eternos.

Ah... se soubéssemos amar... o paraíso era concreto e Cristo não iria ter tanto trabalho em nos resgatar de diversos desertos.

A religião seria a festa da vida, porque não necessitaria da atmosfera de tantas divindades, nem da filosofia de tantas traduções para o mesmo sentido. Tudo iria se resumir numa mesma fonte de alegria e Deus seria celebrado no domínio de um ideal, cada vez mais: fraterno.

Irmãos enriquecendo irmãos. A vida celebrando a vida e o universo sendo um só teto para todos. Porque do jeito que vamos... a individualidade virou propriedade onde cercas e muros prosseguem numa proposta indecente e sinistra de isolamentos.

Amar é uma gentileza sem tamanho. Um milagre de eterna gratidão, um estabelecimento, cujo tratado muda toda a nossa sensibilidade.

O mal da evolução é a falta de tempo para a naturalidade do amor. Fingimos não perceber o outro e esquecemos de conservar a intimidade para os valores do encontro.

Perdemos tempo com um aparelho... com as descobertas da tecnologia ou até com alguém que aos nossos olhos, seja interessante, mas limitamos as manifestações de grandeza de alguma alma nobre. Que mesmo sendo divinizada, não nos agrada e, quantas vezes, erramos nas escolhas... preferindo, ate ficar a sós, do que estreitar laços, onde algum coração se faça presente e amoroso?...

Falta-nos amor. Porque somente ele avalia e perscruta a essência e vê a perfeição na estrada da caridade, para que em nossa atividade espiritual, possamos compreender o valoroso auxílio divino por meio de cada vida de Deus.

Fim desta, Cristina Maria O. S. S. - Akeza.

Akeza
Enviado por Akeza em 25/04/2015
Código do texto: T5220025
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