Qual é o seu amor?
É muito fácil dizer "eu te amo" quando ainda há toda a "magia do início". É ainda mais fácil amar quando os defeitos ainda estão ocultos, quando algumas "máscaras" ainda não foram derrubadas; quando nenhuma lágrima ainda foi derramada. É fácil amar quando a mesa está farta, a geladeira cheia, o travesseiro quentinho. O difícil é dar a mão quando o "precipício" está próximo; dar carinho quando o cansaço toma conta. "Dar a cara à tapa" quando se está errado. Ser paciente quando o tempo já é longo. Oferecer o ombro amigo quando o travesseiro já está, além de gelado, encharcado. Difícil é querer lutar quando o fim está próximo, as lágrimas mais frequentes e o amor, cada vez mais distante do que fora um dia. Por isso que eu digo: só quem já viveu os dois extremos e ainda assim quer continuar junto, pode dizer com todas as letras um "eu amo você"! O resto, além de firula, não passa de paixonite, que no primeiro obstáculo acaba. Sem dar lugar ao sentimento que, de fato, deve permanecer, independente de qualquer circunstância.