TRÊS HOMENS ME AMARAM
Três homens me amaram nesta vida... A três homens amei. Quando era menina, tive meu primeiro amor - nenhum desses três de quem acabei de falar - meu primo Henrique, que nesta madrugada se foi. Meu primo Henrique não me amou quando éramos crianças, só brincávamos juntos, como as crianças brincam. Maiores, nos tornamos bons amigos, embora a gente quase nunca se visse. Amei sozinha, quando menina, ao meu primo Henrique. Casou-se, teve dois filhos, foi-se embora nesta madrugada. Chorei, ele está sendo velado longe daqui.
Percebo que até aqui, tenho usado o verbo no pretérito. É que do presente, sei nada mais, não. Sei mais nada não, mesmo. Três homens me amaram, eu os amei, também. Com um deles vivi, por mais de 15 anos. Dos outros... bem, os outros dois, com seus nomes, precisam permanecer, por razões diversas, como espécie de segredos-de-estado, tanto quanto o nome do meu companheiro por mais de 15 anos.
Estou triste, que um antigo menino se foi para outro plano hoje; há muito não tinha os brilhantes olhos dos seus 13 anos (eu tinha 11). Meu primeiro amor se foi, hoje. Henrique, meu amigo, meu primo, partiu. Era só dois anos mais velho do que eu. Que o Pai proteja a vida e os passos dos três outros homens que me amaram e a quem amei. No dia de hoje, quase não consigo dizer verbo no presente do indicativo, que estou me sentindo (e a quase tudo), demasiado pretérita, também. Perdoem-me. Seja como for, ainda estou por aqui. Preciso pensar mais a sério no que fazer de mim. Afinal, é preciso viver... o possível e passível de viver. Não é só por causa da partida do Henrique que estou escrevendo nesse tom. Há mais, bem mais prantos em mim, mas, ainda estamos todos vivos, nós que estamos vivos. Que responsabilidade doida e doída estar vivo, meu Deus! Conosco e com todos os mais. Tem que haver, ainda, algo de feliz e de realmente prazeroso nisso, nisso de viver, para todos e para cada um de nós. Urge-nos plantar, para que brotem, ainda, as flores possíveis e os frutos possíveis que sejam bons para colher. Que, para isso, o Deus nos prolongue os dias a todos. Amém!
Percebo que até aqui, tenho usado o verbo no pretérito. É que do presente, sei nada mais, não. Sei mais nada não, mesmo. Três homens me amaram, eu os amei, também. Com um deles vivi, por mais de 15 anos. Dos outros... bem, os outros dois, com seus nomes, precisam permanecer, por razões diversas, como espécie de segredos-de-estado, tanto quanto o nome do meu companheiro por mais de 15 anos.
Estou triste, que um antigo menino se foi para outro plano hoje; há muito não tinha os brilhantes olhos dos seus 13 anos (eu tinha 11). Meu primeiro amor se foi, hoje. Henrique, meu amigo, meu primo, partiu. Era só dois anos mais velho do que eu. Que o Pai proteja a vida e os passos dos três outros homens que me amaram e a quem amei. No dia de hoje, quase não consigo dizer verbo no presente do indicativo, que estou me sentindo (e a quase tudo), demasiado pretérita, também. Perdoem-me. Seja como for, ainda estou por aqui. Preciso pensar mais a sério no que fazer de mim. Afinal, é preciso viver... o possível e passível de viver. Não é só por causa da partida do Henrique que estou escrevendo nesse tom. Há mais, bem mais prantos em mim, mas, ainda estamos todos vivos, nós que estamos vivos. Que responsabilidade doida e doída estar vivo, meu Deus! Conosco e com todos os mais. Tem que haver, ainda, algo de feliz e de realmente prazeroso nisso, nisso de viver, para todos e para cada um de nós. Urge-nos plantar, para que brotem, ainda, as flores possíveis e os frutos possíveis que sejam bons para colher. Que, para isso, o Deus nos prolongue os dias a todos. Amém!