O presente.

Um dia um belo rapaz resolveu mamdar entregar um presente à sua esposa, ela o recebeu com uma grande expectativa, era uma caixinha pequena, bem ornamentada, cheia de requintes, com fitas de cores suaves e bem macias ao toque.

Porém, sua esposa nem sequer sentiu a textura da embalagem, a ternura das cores, a disposição dos laços que adornavam a pequena caixa, muito menos uma inscrição que havia na borda da tampa do relicário.

Ansiosa tratou logo de abrir o presente, supondo ser um belíssimo anel, mas ao abrir verificou que a caixa estava vazia e de súbito pois-se a interrogar-se.

Quando, à noite, depois de horas aflita, encontrou seu marido e começou a perguntá-lo.

- Você me mandou um presente?

- sim!

- O que era?

- O que você encontrou?

- Nada, estava vazia!

- Como assim?

- não sei, apenas estava vazia?

- E o que você fez na hora?

- Tentei falar com você, mas você não atendia.

- Nossa! O que você pensou na hora?

- Sei lá! Pensei que por estar muito ocupado você poderia ter se esquecido ou que por distração você o tivesse perdido, ou ainda que alguém o tivesse roubado.

- E como você se sentiu?

- Foi um sentimento bem estranho... como se eu não tivesse mais o que era pra ser meu, o meu presente.

- E o que você fez com a caixa?

- Joguei fora, ué!

- Você não leu o que estava escrito na tampa?

-Não! O que estava escrito?

- Estava escrito: agora você está sentindo, pensando e fazendo tudo aquilo que eu sinto, penso e faço quando busco carinho em você! A diferença é que eu não joguei a minha caixinha fora!

Rogério Nolêto
Enviado por Rogério Nolêto em 02/04/2014
Reeditado em 04/05/2022
Código do texto: T4753851
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.