O presente.
Um dia um belo rapaz resolveu mamdar entregar um presente à sua esposa, ela o recebeu com uma grande expectativa, era uma caixinha pequena, bem ornamentada, cheia de requintes, com fitas de cores suaves e bem macias ao toque.
Porém, sua esposa nem sequer sentiu a textura da embalagem, a ternura das cores, a disposição dos laços que adornavam a pequena caixa, muito menos uma inscrição que havia na borda da tampa do relicário.
Ansiosa tratou logo de abrir o presente, supondo ser um belíssimo anel, mas ao abrir verificou que a caixa estava vazia e de súbito pois-se a interrogar-se.
Quando, à noite, depois de horas aflita, encontrou seu marido e começou a perguntá-lo.
- Você me mandou um presente?
- sim!
- O que era?
- O que você encontrou?
- Nada, estava vazia!
- Como assim?
- não sei, apenas estava vazia?
- E o que você fez na hora?
- Tentei falar com você, mas você não atendia.
- Nossa! O que você pensou na hora?
- Sei lá! Pensei que por estar muito ocupado você poderia ter se esquecido ou que por distração você o tivesse perdido, ou ainda que alguém o tivesse roubado.
- E como você se sentiu?
- Foi um sentimento bem estranho... como se eu não tivesse mais o que era pra ser meu, o meu presente.
- E o que você fez com a caixa?
- Joguei fora, ué!
- Você não leu o que estava escrito na tampa?
-Não! O que estava escrito?
- Estava escrito: agora você está sentindo, pensando e fazendo tudo aquilo que eu sinto, penso e faço quando busco carinho em você! A diferença é que eu não joguei a minha caixinha fora!