Olhar da Vida

 
A luz brilhou neste mundo, os seus olhinhos ainda avistava os anjos e com eles brincava sem parar, sorria e sorria várias vezes.
Seu elo desaparecia lentamente todas as vezes que ansiava o leite da mãe.
As faces amiguinhas acenavam-lhe e sua realidade advinda eram cólicas, golfos e choros.
O seu olhar associava formas aos sons dos ouvidos, deste jeito reconhecia os pais.

Para eles sorria agora e dava adeus ao paraíso.
Quando as sementes fecundam em época certa o amor torna-se abundante e uma chuva abençoada desce sobre as gestações.
A esperança dos pais foram-lhe repassadas, nada era tão importante agora do que a vontade do fruto de seu amor.
Aprendemos a esperar, colocarmo-nos em segundo plano, esta é a família programada para a vida em toda sua extensão genealógica.
Nossas flores crescem e por nossa vez chega à época de nos recolhermos.
É quando neste jardim, a luz da vida brilha novamente e nos atiramos para dentro dela, a esperança é nos devolvida pelos olhinhos d'outra geração então sabemos que vivemos o amor em ascensão.
Mergulhemos no olhar da vida para descobrirmos o paraíso.
Maurício de Oliveira
Enviado por Maurício de Oliveira em 09/01/2014
Reeditado em 11/01/2014
Código do texto: T4643234
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.