EDITORIAL DO NATAL
Ontem no Extra de Campo Grande - MS da rua Maracajú, uma mulher perguntou ao repositor da sessão de frios se havia frango defumado. Quando soube que estava em falta bradou: - "Natal sem frango defumado não é Natal"!
Que cena ridícula. Como o ser humano generaliza o natal com a mesa farta?
Pobres de espírito, a humanidade tem fome e sede de Deus, mas prefere as contingências do mundo que a realidade do amor.
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Para mim o Natal é transcendente a qualquer coisa.
É um alívio saber que, tem muita gente que reconhece que o Natal não é uma criação intelectual, mas algo que desenvolve dentro da alma a maior alegria.
Natal não é só um dia gente. Nem uma data específica, mas a existência de toda uma luz dentro da essência.
Pessoas vivem a época... pensam que a generosidade é de momento e, que o ano todo pode passar distante de Deus, porém que somente no Natal é que necessitam acrescentar significados ao interior.
Não sejamos panteístas, porque Deus nada tem a ver com o mundo e suas classificações. Tanto que preferiu nascer na humildade ao invés de berço de ouro.
O nascimento de Jesus veio somar nossa liberdade cristã. Através dele podemos viver a eternidade numa cativante descoberta da serenidade.
Muitos passarão mais um natal sem pão, outros sem saúde e ainda há aqueles que estarão atrás das grades...
quantos em situações precárias?...
e alguns... ansiando fartura desordenada.
Com isso, não quero dizer que precisamos deixar nossa mesa sem aquilo que nos dá prazer, mas que devemos pensar no outro de forma mais solidária.
Natal é a completa absorção de humanidade. É uma manifestação diária de caridade, de fé, justiça e de amor.
Fim desta, Cristina Maria O. S. S. - Akeza.