AO DIA DO POETA

Na manhã de 20 de outubro de 2013

Júlia e Ana são duas mulheres, duas mulheres que são e sempre foram só uma: Juliana.

Sempre foram duas, por força das circunstâncias, que se possa, talvez, chamar de fado, destino, mas, permanecendo sempre, apenas uma.

Por consequências diversas, causadas pelos nomes de antigamente, e por consequências, as mesmas, causadas por outros nomes que vieram depois, do teu mundo, que no meu mundo adentraram, e por um deles, nome ancestral no sangue real, efetivo, do meu corpo, (é preciso dizer, sempre, todas as coisas assim, sempre assim cifradamente, como sempre, como a poesia), Juliana precisa prosseguir Júlia e Ana.

No entanto, urge que eu diga, neste Dia do Poeta: mesmo com todos os voos cortados, este aqui pássaro duplo, por força do destino, fado, ou seja lá que nome tal vida tenha e sempre tenha tido eu, pássaro duplo, sempre,ah, meu pássaro: sempre, sempre Juliana.

Feliz Dia do Poeta, pássaro!

Feliz Dia do Poeta, pássaros-poetas todos. Que este texto, saudação cifrada, lhes seja, misteriosamente, também a todos, uma saudação:afinal, a poesia é mistério, muitas vezes, para além das palavras, para além de qualquer - aparente - compreensão.

De tudo, mais do que tudo, acima de tudo, guarda isso: Eu te amo.

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