(texto escrito por jan - jlc)
Quando Debussy ao dedilhar, suavemente, em seu piano, apenas algumas poucas notas musicais, dessa obra prima, de seu clássico mundial, consegue nos enternecer, emocionar-nos as lágrimas, com sua belíssima composição, com certeza, nesse momento, tão sublime, de belo e não de sublimação, ele tocou suas mãos nas mãos de Deus, foi quando aconteceu o milagre de sua criação, que ao ouvi-la enleva-nos, faz-nos sentir mais humildes, diante de tão bela e terna inspiração. Ouvindo-a nossos olhos lacrimejam, nosso espírito vaga na imensidão do espaço, na mais pura, forte e sentida emoção. Nesse momento, cremos ainda mais na existência desse Deus maravilhoso e em seu poder de transformar homens, supostamente fortes, inacreditavelmente, em seres frágeis, tão imensamente dóceis, pequeninos, minúsculos, embevecidos que ficam, como eu, agora, ao ouvir e sentir toda sua imensa beleza. Clair de Lune, uma das mais belas, perfeitas e completas composições desse “monstro sagrado”, um inesquecível presente, que a humanidade recebeu, para eternizá-la, a fim de lembrar-nos, sempre, ao ouvi-la, que nossas almas são tão puras quanto a desse maravilhoso compositor e, jamais esquecermos, que somos todos filhos de um mesmo Deus, Vivo e Misericordioso.