A SUA LEMBRANÇA DÓI ...
Amar é o verbo
Que acompanha os meus dias
EU...
Sofrendo calado
Dormito na insignificância
Da sua lembrança!
Desperto na ilusão do seu amor!
Vagueio pela loucura da
Sua insegurança,
Que é a minha dor!
Bato asas, me afasto, me afugento!
Mas não aguento!
Volto, sou poeira de vento.
Não tenho raiz
Não tenho talento
Sou poeira de vento!
Não tenho vontade
Não tenho querer
Quem me guia é você
Sou a poeira e você o vento
Você finca o pé e rodopia
E como, Amar é o verbo
Que acompanha os meus dias
Carrega-me, me esfrega,
Esparrama-me no horizonte
E numa folha qualquer
Dormito na insignificância
Fico sonhando e vivendo
De lembranças, pois
Amar é o verbo
Que acompanha os meus dias
Esqueço que sou
Poeira de vento
E que um simples bater
De asas de um beija-flor
É o suficiente para me alçar
De volta à triste realidade
Pois Amar é o verbo
Que acompanha os meus dias
Embriagado pelo amor
Não percebo o horror
Da realidade de um ser
Que não tem um bem-querer
Mesmo na condição de poeira
Quero soltar o meu último alento
Pois Amar é o verbo
Que acompanha os meus dias
Quando a noite chegar
E a solidão te alcançar,
Ainda assim, eu peço,
Abra teu coração e
Venha comigo caminhar,
Pois Amar é o verbo
Que acompanha os meus dias
Venha caminhar com alegria,
Com prazer, e sem nada querer
Sem nada cobrar!
Pois Amar é o verbo
Que deve nos acompanhar!
Venha se juntar
Transformar
A Poeira e o Vento
Num só elemento
E a vida viver
Num grande bem-querer!
e assim o Verbo Amar
Sempre nos acompanhará.