"O Vestígio"
Como se nada mais importasse,
Vejo que foi, realmente, tudo em vão.
As palavras ditas?
Umas com as maiores sinceridades,
E outras, apenas da boca pra fora.
Os sonhos almejados?
Sei que foram sim sonhados,
Embora não tenham progredidos.
As lágrimas que derramei?
Essas foram enxugadas pelo tempo.
Os momentos vividos ao seu lado?
Foram muito especiais, jamais esquecerei.
Mesmo sabendo que se tornaram
Promissão, devaneios e por fim,
Ainda nos prossegue uma mínima esperança.
Já hoje, não passo de uma lembrança platônica,
O seu vestígio,
Ou talvez a sua incompreensão
Por ter me deixado partir.
E agora eu, sem rumo?
Não, porque traço minhas próprias diretrizes.
Vejo-me agora sozinho?
Não, apenas nem tão bem acompanhado.
Sobre o amanhã?
Só Deus sabe, todavia, o futuro a ele pertence.
Vivo-me a sonhar?
Sempre, porque sem sonhos
Não conseguirei edificar minhas direções e meus destinos.
Se vou te perdoar? Sempre perdoarei,
Porque o perdão é uma segunda chance para o impossível.
Esquecer-te? Jamais, pois você será como as estrelas
Que sempre brilham e nunca se apagam.
Leonardo Limeira