Justiça justa.
Justiça justa.
Justa como ela concretamente é!
Por incrível que possa parecer, a justiça é a regra, e a injustiça é a exceção. E mais, a justiça tem origem no plano transcendental (Divino) e é praticada no dia-a-dia.
Nas coletividades em geral, há milênios, as normas de condutas, isto é, as hipóteses a respeito do dar, fazer e não fazer, são elaboradas a partir do que Deus quer ou não, para depois serem adotadas (normatizadas) e seguidas por todos (normalmente com o nome de Lei).
Assim, é um equívoco pensar que há uma justiça celeste e uma justiça terrena.
A verificação e a confirmação dessas afirmações tem início na concepção do significado de Justiça, que é o fazimento e o recebimento do bem, do que é bom, certo, e útil (que se resume no Direito) – a educação, iniciciada (ou não) em tenra idade, nada mais é que ensinar (condicionar) a pessoa para o dar, fazer e não fazer, assim, sendo destinada à convivência com a chamada Paz Social, ou no que compreende ser a própria Justiça.
Nesta perspectiva, sem relativizar, ou seja, tendo cada cultura os seus parâmetros de conduta (dar, fazer e não fazer) sobre o que deve ser Justo, o que é aceito e aprovado pelo indivíduo (homem ou mulher) e pela coletividade, as relações não são, necessariamente, mutuamente exludentes. Quando, por exemplo, na Índia adora-se a vaca, e, no Basil, “adora-se” o churrasco feito com a sua carne... aqui e lá, a vaca tem a sua importância, não obstante com diferentes conteúdos de valor.
Asssim, havendo conceitos Universais, tais como não matar e não roubar, a Justiça é efetivamente feita, em todo o mundo, pela avalassadora maioria dos indivíduos que não matam e não roubam, e é, concomitantemente, recebida pela avassaladoa maioria dos indivíduos que não morrem e não são roubados – e os exemplos são infindáveis...
No Ocidente, em especial no Brasil, onde e quando, essencialmente, a Justiça é Cristã, que fundamenta os conceitos de bem bom, certo e útil, a sua prática é um fato.
Visto que, repetindo, a justiça é a regra, e a injustiça é a exceção, o que fazer quando a regra é descumprida impondo-se o que não deve ser? Em outras palavras, o que fazer quando há injustiça?
Na evidência de que a injustiça representa uma anormalidade de conduta, um desvio de comportamento sobre o que se considera do bem, bom, certo e úitil, enquanto o Anormal for tratado como sujeito de responsabilidade (penal) e de punição (“condenar” é causar dano), e não sob a filosófica (íntima) visão médica-clínica-hospitalar, a exceção perdura, primitivamente, tomando conta dos “justos” – numa (interminável) espiral de violência que gera a violência...
Bjs.
Niterói, RJ, 23/07/2013.
Ass. Rodolfo Thompson.
Ps. Não é racional, lógico, nem, tampouco, plauzível, que a forma ou meio de demonstrar repulsa à violência (em qualquer grau de repovabilidade) seja a violência (em qualquer grau de punibilidade) – exsurgindo flagrante paradoxo.
Ps.2 Mesmo assim – e já excepcionalmente –, o Poder Judiciário só entra em cena quando o real, verdadeiro e quotidiano exercício individual, e coletivo, da justiça dá lugar, por qualquer motivo, à injustiça.
P.3 Em dúvida sobre a Fé no Amor, ou a Fé em Deus, v. João 9,1-5.