Biografia de amores
Já vivi diversos amores.
Não tenho vergonha de confessar.
Uns me trouxeram felicidade, outros tristeza, e o último, um lar.
Experimentei namorar um espanhol, muito alegre e ciumento. O beijo era do tipo fatal. Mas esse durou pouco, e chorei quando terminou, 23 de fevereiro, carnaval.
Curti também um namoro hippie, sem bom senso ou contramão. Ele era lindo, olhos verdes e tocava violão. Minha amiga Luana gostou muito dele, e após 2 semanas, traição.
Um outro foi o João, seminarista. Este vivia em eterna indecisão. Queria ser padre, ajudar os pobres, mas quando me via, perdia a razão. Passamos noites em claro, noites de amor e paixão, mas esse também acabou no dia da consagração.
Com o peito ferido, tentei um homem mais velho. Separado, tinha seis filhos e, pasmem, parecia que ia dar certo. Mas era tanta correria e cobrança da família, que quase virei babá do esperto...
Dois dias depois estava com um poeta. Sim, poeta do coração. Escrevia sem parar, o dia todo, não sobrava para mim dedicação.
O negócio dele era a fantasia, e do mundo real, nada sabia... Um dia cansei de ser gentil. Bati a porta e deixei bilhete: "Valeu, beijos mil."
Finalmente, conheci o Marcelo. Difícil descrevê-lo no primeiro encontro. Ele pilota aviões como nenhum outro, é amigo e responsável, enfim, roubou meu coração.
Estou num castelo, em altas nuvens.
É quase um conto de fadas... Vivo a letra de uma linda canção.