Os dias e suas horas

Há dias que duram 24 horas. Pela madrugada os primeiro minutos repousam em nosso travesseiro, ao nosso lado vivenciam uma madrugada simples e rotineira, de sonhos simples e comuns, sonhados com a emoção de quem espera que a tinta seque e o peixe agarre a isca. Nove horas depois o sol vem dizer bom dia as nossas bochechas e a tradição nos ergue da cama. Café da manhã, almoço, bons dias, boas tardes. Redes sociais, planilhas, panelas, sorrisos, avisos. Uma conversa, pressa.

O dia bate o cartão e suspira, silenciosamente frustrado, e a noite vem se arrastando em sua escuridão rotineira. Deus acende as estrelas e nos coloca para dormir, deitamos a cabeça e enxergamos na espessura de uma linha os sonhos simples e comuns se aproximando, assim como nossas vidas nesses dias, na mesma emoção que distraídos vemos um jogo. E mais um dia se finda em 24 horas.

Bom mesmo são os dias eternos, aqueles em que os sonhos são quase reais, o sol bate as panelas para nos acordar e chega mais quente. Os bons dias soam como palmas de bençãos, as redes sociais estão mais sociáveis e menos mecânicas, cantamos pelos becos e há um musical nos esperando no trabalho.

O dia bate o cartão satisfeito e a noite chega animada para mais uma dia de trabalho. Os sonhos quase reais se aproximam e é a face da pessoa amada que os guia em uma emoção unica e própria que o corpo acolhe agradecido. Um dia que não se finda, se faz eterno pela memória e pelo coração. Um brinde especial as pessoas amadas por ridicularizarem nossos relógios, eternizando nossos dias de maneira bela.

Tamy Xavier
Enviado por Tamy Xavier em 10/07/2013
Reeditado em 10/07/2013
Código do texto: T4381434
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