Até que a morte nos separe
Preciso de um tempo pra mim. Um tempo para as minhas emoções, para as minhas sensações. Um tempo para meu coração. Um tempo para conseguir colocar em ordem todos esses pensamentos e sentimentos que me deixam cada vez mais perdido. Um tempo para ver o que realmente vale a pena e o que deve ser descartado. Treze anos se passaram desde a primeira paixão, o primeiro beijo, as primeiras lágrimas. E ainda assim, sinto não ter aprendido o suficiente. Vi amores chegarem e amores partirem. Mesmo sabendo já não ser mais um adolescente; e por mais que já tenha vivido e escrito várias histórias, algumas de amor, outras de paixões passageiras, não sei como agir quando surge um novo alguém que aparenta ser quem quero pra mim, possuindo as características que busco em quem quero amar até o último suspiro. O complicado é que, mais triste do que gostar e não ver seu sentimento correspondido é não ter ao que se apegar. Em que ou em quem acreditar. Já não consigo acreditar em mais nada; já não consigo acreditar em ninguém. Como se a minha existência fosse inútil. E eu já não fosse mais conseguir atingir o coração de alguém - não os dos meus amigos; sei exatamente quais são esses corações em que resido - mas o coração daquele que vai me conhecer, me amar, aceitar meus defeitos e desejar que eu não saia mais de seu lado. Por nada, nem por ninguém.