Fetiche de viver

Fetiche que em mim persiste a viver aqui.

A libido de um ser vivido, porém, inibido.

Enamorado da vida, neste jardim florido.

Som colorido, desafinando lindo colibri.

A sabedoria da vida está no amor querido,

requerido a Deus, no mais profundo sentido,

até sentir-se abduzido sem estar empedernido.

Ser joão-ninguém, celebridade, ser conhecido

aquém do mundo do além, ou ser assistido

por alguém ignorante, ou até esclarecido.

Pouco importa ser magnata, biliardário inato,

indígena-indigente, impregnado ao fundo mata.

Morar num iglu gélido, gostar de saudosa serenata,

ser anjo sideral, ou arcanjo a repousar sobre o jornal.

O meu lugar é aqui, entre o mau solfejo do bem-te-vi

o qual acaba de me dizer que me viu, ali do quintal.

Amor; energética partícula invasora, entre o bem

e o irracional, sabedoria incondicional, além

do juízo racional. Eis aqui o seu croqui.

Amor... Ensina-me a amar...

jbcampos
Enviado por jbcampos em 23/03/2013
Código do texto: T4204091
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