O Tempo, Fiel Companheiro
Não adianta correr do Tempo, ele nos alcançará por inteiro. É o fiel companheiro entre tantos janeiros. Portanto, saia do relento, não tome mais desse vento. Nem precisa se esconder num convento. Entretanto, mamãe já dizia: Saia do sereno para manter-se sereno. Saia do tempo quente, só para querer ser moreno. O tempo escaldante não vai deixá-lo radiante, pois, é irradiante de raios contrastantes. Deixe a vaidade de desejar ser mais elegante, mantenha seu brilho constante do seu interior-diamante. Seja amante do incondicional amor furta-cor, verdadeiro isolante da dor. Cuidado com o tempo, ele é implicante, pode, curá-lo ou apurá-lo à doce irritante. Saia do tempo, enquanto há tempo. Dê tempo ao Tempo. A ele não há contratempo. O Tempo nivela a alma, da cabeça negra à ideia alva, irrita, mas também acalma. Entristece, estarrece, porém, amaina a dor daquele que de si padece. Ao final ele traz por detrás a sorte acompanhada da morte. Tempo-Morte-Vida são as suas, a nossa guarida nesta escolha de escola-escolada já havida. O Tempo é um deus a mostrar o seu valor externo-interior. A vida construída num belo castelo tornar-se-á à ruína que há na realidade de pouca idade, da qual restará apenas a grande saudade da pequena-grande vaidade que chegou a conquistar em cima da nossa sina. Cidadão, ladino-citadino do alvorecer menino à matutino da cidade, precate-se, pois, a redundância é o prato, e da faiança, é o trato do tempo de criança, prepare-se para a idade, pois, é o templo do Tempo em sua precocidade...
Está difícil de entender tamanha maldade...
Pois é, se quiser, descanse deste lance e, apenas no bem mantenha a sua fé.
Prostre-se em pé, e deixe que pense o que quiser, pois, ninguém entende nada de nada advindo do além. Ame o amém! O Tempo pode ser sábio como ninguém, porém, o que lhe convém é continuar criança no tempo do além. Seja como for, mas para isto tem de meditar na flor airosa, mui perfumosa, criada pelo amor.
Nem precisa entender.
jbcampos