PARA...
Publicação no início da madrugada de 09 de dezembro de 2012
Quisera ter as palavras que não encontro para dizer das canções, das modinhas, dos fados que foram feitos para mim... Ainda haverei de encontrá-las; melhor seria reencontrar o silêncio estelar, aquele silêncio que também me entregavas quando nosso voo ultrapassava os céus mais fundos, os céus onde ninguém, ninguém, ninguém possuía asas capazes de nos encontrar. Ah, os céus que perdemos, Amigo... os céus dos quais duvidamos, dos quais nos fizeram duvidar... os céus que serão sempre nossos, ainda que só nesta Lembrança que nos completa a alma e o coração, neste mundo só de incompletudes. Há quem possa impedi-la, a esta nossa completude? Só eu e tu temos tal poder, e eu não a quero impedir. Não sei de tua escolha, sei que eu não a quero impedir, a esta completude de nós, em nós. Como sempre. Os que nos amam realmente, precisam aceitar isso, que isso acabou por se tornar parte, também, do destino dos que nos amam, esses seres que amamos tanto, também.
Completude que permaneça em nossa alma e coração, que a nossos corpos e vidas não possui (em verdade, nunca possuiu) direitos quaisquer. Que seja: completude em nossa alma e coração. Isso chama-se vida, também, não te esqueças. Não nos esqueçamos nunca, Amigo meu.
Escrita ainda na noite de 08 de dezembro de 2012.