REVELAÇÃO
Aqui me encontro, transbordante do que espero, a angariar no manto azul do sonho, pequenas estrelas/palavras que esculpem a poesia viva e arrastam dias pelos caminhos da incerteza. Verdejante viceja o tempo, e não amarelaram ainda as folhas do outono, porém, ventos já assopram o inevitável dilema que os milagres da paixão nos trazem. E chegará o outono, a aquecer com suas mornas luzes, a hesitosa esperança de um amor refugiado no silêncio das palavras, desejado amor que nos arrepia a pele quando nos faz sonhar acordados e que talvez, em meio aos ventos da primavera se revele.
Helena da Rosa