POEIRA DE VENTO
A grandiosidade da vida às vezes
Ilude o individuo, Raimundo.
E iludido o “menino” disse:
“Solidão demais é poeira que o vento
Não desfaz!”
Solidão demais é "ventos"
Que sopra em toda direção
São ventos que não juntam, esparramam!
São Ciclones e Anticiclones
Que se batem e destroem!
No mundo, o lugar com ventos mais intensos
É a costa do meu coração.
Lá os ventos que sopram,
São brisas que aliviam
Que atuam como agente de transporte efetivo do amor,
Que intervém na polinização e no deslocamento dos amantes.
O meu coração é a Patagônia da minha'lma,
O norte da minha existência,
Eu sou simplesmente a poeira de vento,
A brisa que refresca, que acaricia, que suaviza!
A poeira do vento é vento, mas não é vento.
Sopra, mas não espalha,
Está sempre juntando, aliviando, agasalhando;
A poeira de vento massageia, ampara, sacia e conforta.
O amor de vocês é o biruta que mede a minha direção,
O anemômetro que registra a velocidade desse bem-querer
E a Escala de Beaufort que determina a intensidade desse amor!
Minha querida Sandrinha Honnor,
Foi você quem disse que eu sou...
POEIRA DE VENTO...