DOS PAIS PARA FILHO OU FILHOS

Muitos justificam seus próprios erros culpando seus pais, não compreendem que a fase mudou que, a responsabilidade dos atos errados ou acertados, nada tem a ver com o que veio do berço e da criação, mas da conduta adquirida pela própria mente e vontade.

O compromisso de qualificar a vida é único de cada um. Todos constroem seus abrigos.

Existem pessoas que tiveram os melhores pais, a melhor educação, bons exemplos e mesmo assim, escolheram caminhos tortos, deixando tristezas naqueles que o puseram no mundo ou, nos que os educaram.

É lógico que, durante o descobrimento de si mesmo, entre diversos aprendizados, há quedas... insistência em falsas doutrinas e muitas paisagens de ilusão. Porém, existe também a necessidade de despertar enquanto há tempo. É fundamental amadurecer, criar nova realidade e desenvolver conceitos calibrados.

A vida toda pede reajustes no físico e no espírito.

E não é direito colocar os pais no ato de responder pelas consequências.

Pai e mãe jamais irão querer ver os filhos sofrendo, jamais iriam permitir que eles tropeçassem sem uma razoável maneira de se erguer. Muitos são capazes de doar a própria vida, para ver seus filhos numa dimensão iluminada e repleta de paz.

Quando há na família algum filho que se desvie ou que, macule o coração dos pais... muita coisa se quebra pela frente e as lágrimas tendem a rolar copiosamente, por tempo indeterminado.

É demais para eles aceitarem que sua prole, criada com tamanho esforço e afeto, possa se perder nas traições de um mundo disperso.

Ainda existe uma questão de suma importância, a idade avançada e a condição de saúde dos pais... muitos deles já nem tem força para lutar, nem garra para ajudar de alguma forma o filho. E o pior é quando o mesmo rejeita a ajuda e se aproxima mais ainda dos abismos.

Quantos lares desfeitos, quanto sofrimento a vista?

São as drogas, os vícios, o sexo, a teimosia, a insistência nas más companhias e as estradas tão concluídas de aflições...

Tanta gente que daria até a própria vida pra estar no lugar desse filho e fazer diferente.

Pessoas que foram abandonadas nos orfanatos, sem direito a um teto, a uma família, a um lar.

Filhos sem o abraço dos pais, sem os laços de amor, sem acolhimento necessário.

Já têm muitos que possuem tudo, nasceram em lares carinhosos, foram criados com ternura, mas não valorizam nem a si mesmo, porque estão tomados pela cegueira e nessa intransigência, já não toleram mais nada, apenas vegetam num ritmo acelerado e fatal.

E a pergunta não cala: A culpa é mesmo dos pais?

Pelo mundo existe filhos que poderiam fazer tudo dar errado em suas vidas, porque tiveram maus exemplos dos pais. Foram criados na miséria, mas eles se sentiram escolhidos a dedo por Deus e, alçaram vôos mais altos. Hoje são pessoas dotadas de boa fé. Pregam a paz, a justiça, a dignidade e o amor. E também, perdoaram a realidade dura que tiveram. Vivem por mudanças e qualidade de vida.

E a questão circula: Podemos culpar os pais?

Creio que cada um é responsabilidade de si mesmo. O ser humano nasce para o bem, mas somente se desvia quando, ao bem não quer fazer parte.

Fim desta, Cristina Maria O. S. S. – Akeza.

Obrigada a todos os homens e mulheres de boa vontade!

Akeza
Enviado por Akeza em 14/09/2012
Reeditado em 14/09/2012
Código do texto: T3881902
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