O AMOR

O amor é como uma límpida manhã de sol

primaveril a alegrar os olhos entranhando-se

alma adentro de todo ser cansado de

caminhadas em chão poento.

É como uma centelha, um lampejo que invade

a casa pela mais diminuta fresta da janela ou

do telhado anunciando novo dia e a exigir

passagem para boas novas.

O amor é o reencontro num entardecer do sol

poente num prenúncio de que a noite já vai

chegar a convidar para o repouso revigorante

após tantas labutas.

É o calor do abraço apertado e sorriso

escancarado a assustar solidão, a aquecer o

âmago do ser e do coração que, mesmo

chateado, jamais se cansa de amar.

O amor é o silêncio na madrugada quente,

talvez fria, uma sintonia, a oferecer e a

anunciar nascimento do Novo que

perpetua e promove infinda alegria.

É uma entrega mútua que se completa numa só

alma e quando já não pulsam dois, mais um só

coração que busca o mesmo sentido e o

sentimento de partilha, de amar.

O amor é como a relva simples dos campos.

Nada pede, nada exige. Só age amando,

prossegue cantando e nem se lamenta se

não for amado.

É presente no colorido das flores que

embelezam e dão sentido aos simples

vasos e jardins transformando a vida

em espaços multicores.

O amor é belo e remoçado. A todo o momento

renasce dentro de ti e no interior de mim

quando sempre nos encontramos e

felizes simplesmente somos e ficamos.

José Luciano
Enviado por José Luciano em 24/06/2012
Código do texto: T3742434
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