AH, AMADO MEU! - No início da madrugada de 15 de junho de 2012
Ah, amado meu, amado por tantos seres e tão só! Amado meu, tivera o meu pobre e triste amor por ti, também tão irremediavelmente só, algum poder para aliviar, pouco que fosse, a tua desmedida solidão!
A Grande Pergunta da minha vida assim se resume: Minha "presença", que já foi presença, te alivia a dor ou a aumenta todos os dias ao nível do insuportável? Pudesses dar-me uma resposta clara, inequívoca – será que a tens em ti? – eu, sabendo, deveras, se “fico” ou se “parto” de vez, por maiores que fossem as mortes a sofrer em cada dia, conseguiria suportar e dar suporte a todas e a quaisquer dores da mais vária natureza, que ainda me viessem a caber.
Escrita no final da noite de 14 de junho de 2012.