Renascimento
Tudo renasceu dos abraços não dados;
os beijos não trocados;
os olhares afastados;
do coração que ainda bate, mas se renova;
se reinventa, nada esquece;
tudo deseja, nada tem.
O sentimento até então adormecido vem à tona,
desespera, angustia, alimenta a alma;
derrama a lágrima;
se faz escravo.
Escravo do amor;
escravo da dor;
escravo de tudo aquilo que ainda quer.
Esse amor demonstrado;
conhecido e não valorizado;
que tudo suporta;
tudo aceita;
tudo tolera;
e nada que venha do outro,
rejeita.
E se faz sempre presente;
nos sonhos;
no pensamento;
na realidade que agora machuca;
e não consegue descobrir a cura.