Aonde a honra vai...
Salomão o pregador, na sua alegria e dor foi um poeta louvador. Em sua grande sabedoria falou de amor em seus provérbios do dia, conquanto, seu pai Davi, salmodiou o Deus sempiterno. E esse Deus que nos deu a palavra que lavra e aquece no inverno. Então falou o trovador da vida desiludida e expressa na sua dor vivida. "Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade. Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol? Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece. Nasce o sol, e o sol se põe, e apressa-se e volta ao seu lugar de onde nasceu. O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos. Todos os rios vão para o mar, e, contudo, o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr. Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir." Eis a velha verdade da existência, na qual há tamanha insistência na mais vil incoerência. Eis o homem varonil, dando enorme valor ao seu inusitado covil recheado de sua própria excrescência.
O mesmo pregador-poeta, disse: “Aonde a honra vai, a humildade chega primeiro”.